Nós compreendemos a música que chega aos nossos ouvidos através do ritmo e da melodia. O ritmo marca o tempo na música, é ele que nos dá vontade de dançar. Já a melodia é o encadeamento das notas, que formam a linha musical de uma canção.

Todos os instrumentos funcionam de uma maneira muito parecida. Quando tocamos uma nota, uma pequena parte deles começam a vibrar. Nos violões são as cordas; nos tambores, as membranas...

Isso faz com que o ar que está em volta vibre também. As vibrações produzem ondas no ar, que chegam até nossos ouvidos. Lá dentro do ouvido, essas ondas, por sua vez, vibram o tímpano, que manda impulsos elétricos para o cérebro.

Para completar, o cérebro interpreta esses impulsos em notas musicais.

Os instrumentos do samba fazem desse gênero musical uma festa de ritmos para os ouvidos. Seja em época de carnaval, quando o samba-enredo invade as avenidas, ou em qualquer época do ano, a voz do samba é um pedaço especial da cultura brasileira, conhecido em todo o mundo.

Abram alas para o desfile de instrumentos do samba!

Clique sobre os instrumentos para ouvir o som correspondente.

Surdo: de surdo, na verdade, ele não tem nada. Tipo de tambor grande, que fica pendurado no pescoço do músico, esse instrumento sabe muito bem o que é barulho.

Quando todas as alas das escolas de samba estão prontas para entrar na passarela, nos desfiles de Carnaval, é ele que dá a primeira batida. E depois o músico continua batendo, ora com uma baqueta, ora com a mão.

Como uma espécie de coração, o surdo marca a pulsação da música e mantém o ritmo até o fim do desfile.

Tan-tan: pelo nome, a gente já sabe o som que ele faz. O tan-tan é um outro tipo de tambor, fino e comprido, bem parecido com um atabaque.

Fica apoiado na cintura. Para tocá-lo, o músico bate com a palma da mão, sem encostar os dedos, marcando o ritmo no pagode e na escola de samba.

Tamborim: seu "telecoteco" chama atenção no meio da música. É o instrumento menor e de som mais agudo da família dos tambores.

Diferente do tan-tan e do surdo, ele não serve para manter o ritmo do samba. O que importa é a criatividade do músico na hora de usar a baqueta.

Pandeiro: quando a gente pensa em samba logo imagina um pandeiro. Além do som da mão batendo na membrana, ele solta um barulho gostoso com o balanço das soalhas (argolas que ficam presas em volta).
Reco-reco: construir um reco-reco é muito fácil. Basta pegar um pedaço de bambu e abrir vários cortes, um do lado do outro. Tocar também não exige muito esforço: é só passar uma vareta pelos cortes fazendo o "reco-reco, reco-reco". Com esse ruído repetitivo, o som da bateria de escola de samba fica forte e encorpado.
Violão: esse você deve conhecer bem, é usado em todo tipo de música. Nas rodas de samba, suas seis cordas dedilhadas fazem a música ganhar melodia.
Cavaquinho: parece um violão pequeno, mas só tem quatro cordas e o som é mais agudo.
Bandolim: pequeno como o cavaquinho, esse instrumento tem quatro cordas duplas e é tocado com um palheta.

Cuíca: é o instrumentos mais misterioso do samba. Parece um tambor, mas o som (semelhante a uma risada) é produzido pela mão que fica por dentro do instrumento.

Lá dentro há apenas uma vareta que, esfregada com um pano molhado, vibra e faz a membrana (do tambor) vibrar também. Do lado de fora, a outra mão do músico vai controlando as notas musicais com a ponta dos dedos.



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